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O sol brilhava no mar azul da Baía do Coral. Os peixes nadavam em grupos cintilantes, as tartarugas bocejavam perto das rochas e os golfinhos brincavam de saltar. Tudo parecia tranquilo… Exceto por Sammy.
Sammy era um grande tubarão-cinza, rápido como um relâmpago. Mas ele também era o mais mal-humorado de todo o oceano!
Se um peixinho passasse muito perto, Sammy dava um susto nele. Se uma tartaruga demorasse a nadar, ele empurrava. Se os golfinhos riam alto, Sammy mostrava os dentes.
— Tubarões são ferozes! Todos precisam ter medo de mim — ele dizia
Mas, no fundo, Sammy se sentia sozinho.
Certa manhã, uma sombra enorme passou pela Baía do Coral. Era Clara, a baleia-branca. Ela nadava devagar, com olhos sábios e uma voz calma como as ondas.
— Sammy, por que você está sempre zangado? — perguntou Clara.
— Porque sou um tubarão! E tubarões devem ser assustadores — resmungou ele.
Clara sorriu.
— Ser tubarão não significa viver com raiva. Olhe ao seu redor. Você acha que assustar todo mundo está te fazendo feliz?
Sammy olhou. Os peixes fugiam quando ele passava. As tartarugas se escondiam. Os golfinhos nunca o chamavam para brincar.
Ele sentiu algo apertar dentro do peito. Nunca tinha pensado nisso.
— Então é por causa da minha raiva que vivo sempre sozinho? — perguntou Sammy. — falou Sammy.
— Sim! A raiva é como uma onda forte. Se você não controla, ela te arrasta. Mas há um jeito. Quando sentir raiva, feche os olhos, respire fundo e conte até dez — disse Clara.
Sammy achou aquilo meio bobo. Mas decidiu tentar.
Naquele dia, um peixinho sem querer esbarrou nele. Sammy sentiu a raiva subir como um redemoinho.
Mas, em vez de gritar, ele respirou fundo.
Um… dois… três…
A raiva foi ficando menor. Quando abriu os olhos, o peixinho ainda estava ali, tremendo de medo. Mas Sammy não falou nada e seguiu seu caminho.
Ele parou de assustar os peixes, não empurrava mais as tartarugas e começou a sorrir para os golfinhos.
Com o tempo, algo incrível aconteceu.
E, aos poucos, os outros animais se aproximaram. Os peixes nadavam ao seu lado. As tartarugas contavam histórias. Os golfinhos brincavam com ele.
Sammy não era mais o tubarão zangado. Agora, era o tubarão calmo e amigo.
Certo dia, um novo tubarão chegou à Baía do Coral. Ele nadava rápido, rosnava e assustava todo mundo — exatamente como Sammy fazia antes. Mas Sammy não fugiu.
Ele nadou até o tubarão e disse:
— Eu já fui assim. Mas aprendi algo importante…
E ensinou ao novo tubarão a respiração da calma.
E, assim, a Baía do Coral se tornou um lugar ainda mais feliz, onde até os tubarões aprendiam que a verdadeira força estava na calma e na gentileza com o próximo.
Olá, queridas famílias!
A história de Sammy, o Tubarão nos convida a refletir sobre a importância de controlar nossas emoções e cultivar a gentileza em nossas interações. Vamos aproveitar este momento para aprender juntos e fortalecer esses valores com nossos pequenos?
Conversa Após a Leitura
Após a leitura, estimule as crianças a compartilharem suas impressões sobre a história com perguntas como:
- Por que Sammy era tão zangado?
- O que ele aprendeu com a baleia Clara?
- Como ele poderia ter reagido de outra forma nas situações em que ficou irritado?
- Já aconteceu de você sentir muita raiva? O que você fez para se acalmar?
Essas perguntas incentivam a autoconsciência emocional, ajudando as crianças a refletirem sobre suas próprias experiências e a aprenderem novas formas de lidar com as emoções.
Atividades Práticas
1. Respiração da Calma
Ensine às crianças uma técnica simples de respiração para acalmar a mente:
- Inspire profundamente pelo nariz contando até quatro.
- Segure a respiração por quatro segundos.
- Expire lentamente pela boca contando até quatro novamente.
- Repitam esse exercício algumas vezes juntos, incentivando um momento de tranquilidade e relaxamento.
Essa prática pode ser utilizada sempre que a criança sentir raiva ou frustração, ajudando-a a se acalmar antes de reagir impulsivamente.
Atividade Prática 2: O Jogo das Emoções
Recorte ou desenhe rostos com diferentes expressões (feliz, triste, bravo, assustado, calmo) e coloque-os dentro de uma sacola.
Peça para a criança sortear um rosto e representar essa emoção com gestos e expressões faciais.
Em seguida, conversem sobre situações do dia a dia que podem despertar essa emoção e como lidar com ela de maneira saudável.
Esse jogo ajuda a desenvolver a inteligência emocional, ensinando as crianças a reconhecer e nomear seus sentimentos.
Atividade Prática 3: O Frasco da Calma
Encham um frasco transparente com água, glitter e cola líquida transparente. Agitem o frasco e observem como as partículas se movem freneticamente no início, mas se assentam aos poucos.
Explique que nossas emoções funcionam da mesma forma: quando estamos bravos, tudo parece confuso, mas se esperarmos um pouco e respirarmos fundo, a calma chega.
Sempre que a criança sentir raiva, ela pode agitar o frasco e esperar a purpurina assentar antes de tomar uma decisão.
Essa atividade é uma maneira visual e prática de ensinar a importância do tempo e da paciência na regulação emocional.
Dicas Pedagógicas para o Melhor Aprendizado do Tema
- Incentive seus filhos a identificarem suas próprias emoções e a expressá-las de maneira saudável. Mostre que sentir raiva é normal, mas que podemos aprender a controlá-la para evitar conflitos.
- Ensine-os sobre a importância da empatia e da compaixão. Explique como colocar-se no lugar dos outros pode ajudá-los a entender melhor as emoções alheias e a agir de forma gentil e respeitosa.
- Use a história de Sammy como um exemplo de transformação pessoal e crescimento emocional. Destaque como ele aprendeu a controlar sua raiva e a cultivar a calma, tornando-se uma inspiração para os outros.
Queridos pais e responsáveis, A Lição de Calma de Sammy, o Tubarão nos lembra da importância de cultivar a gentileza e o autocontrole em nossas vidas.
Que possamos inspirar nossos pequenos a lidar com suas emoções de maneira saudável e a agir com bondade em todas as situações.
Até a próxima aventura!
