História infantil sobre fazer o que é necessário, mesmo quando não é agradável. Ideal para trabalhar responsabilidade, autocuidado e superação de pequenas resistências do dia a dia.
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Na beira de um rio tranquilo, cercado por árvores altas e folhas dançantes, morava um pequeno castor chamado Caco. Ele era esperto, construía barragens impressionantes e era o rei das brincadeiras na água. Mas havia uma coisa que Caco detestava: tomar remédio.
— Mamãe, esse remédio tem gosto de suco de casca! — reclamava, escondendo-se atrás da cortina de folhas da toca.

Dona Castora tentava de tudo. Inventava musiquinhas, prometia mel depois, até fazia teatrinho com colher fantasiada. Nada funcionava.
Caco cuspia, chorava, fazia careta e jurava que estava bem, mesmo com o nariz escorrendo e os olhos caídos de cansaço.
— O remédio tem gosto ruim, mas ele ajuda você a melhorar — dizia a mãe, com paciência infinita.
Caco balançava a cabeça e continuava doente.
Certo dia, ele acordou com febre. A garganta parecia feita de espinhos. Seus dentes doíam, e ele nem quis sair para nadar. Pior: ficou deitado o dia todo sem querer ver ninguém.
— Mãe… Posso tentar o remédio? — sussurrou Caco, com a voz fraca.
Dona Castora não disse nada. Só sorriu com ternura e trouxe a colher. Caco encarou a poção como um herói prestes a enfrentar um dragão. Fez uma careta gigante… e engoliu.

No primeiro dia, continuou ruim. No segundo dia, a febre baixou. No terceiro dia, ele conseguiu levantar. No quarto dia, estava jogando folhas no rio como se nada tivesse acontecido.
— Mamãe, melhorei! O remédio é horrível… mas ele funciona! — disse Caco, pulando como um coelho saltitante.
— Às vezes, o que a gente precisa não vem no sabor que a gente gosta — respondeu Dona Castora, feliz da vida.
Depois disso, Caco não passou a gostar do remédio — nem um pouco. Mas parou de fugir dele. Pois sabia que cada colherzinha era um passo pra voltar a correr, nadar e rir com os amigos.

E quando alguém na floresta ficava doente e torcia o nariz para o remédio, lá ia Caco, todo convencido:
— Você já tomou um remédio com gosto de lama misturada com folha azeda? Eu já… e fiquei bom rapidinho! — dizia Caco, todo orgulhoso.
Porque ele entendeu que ser corajoso não é só nadar rápido ou subir em tronco escorregadio.
Às vezes, ser corajoso é abrir bem a boca, tomar aquele remédio azedo, fazer uma careta… e não sair correndo depois!
Olá, famílias lindas!
Através da história de Caco, aprendemos que, mesmo quando as coisas não são fáceis, como tomar um remédio amargo, elas podem ser essenciais para o nosso bem-estar. Vamos aproveitar este momento para conversar e aprender juntos?
Conversa Após a Leitura
Depois da leitura, convide as crianças a contar com suas próprias palavras o que entenderam da história. Aproveite também para explicar, de forma simples, as palavras que possam ter causado dúvida. Para guiar a conversa, você pode fazer perguntas como:
- Por que Caco não queria tomar o remédio?
- O que aconteceu com Caco depois que ele tomou o remédio?
- O que Caco aprendeu com essa experiência?
Incentive suas crianças a falarem sobre situações em que tiveram que fazer algo difícil ou desagradável, e como se sentiram depois. Discuta a importância de enfrentar desafios para alcançar um bem maior.
Palavras Diferentes
Vamos explorar algumas palavras da história?
- Coragem: é quando a gente faz alguma coisa que dá medo, mas mesmo assim tenta.
- Azedo: gosto bem forte, como o do limão.
- Olhos caídos de cansaço: é quando a gente está muito cansado ou doente, e os olhos parecem molinhos, mais fechados e tristes.
Atividades Práticas
1. Prova dos Sabores
Vamos brincar com sabores diferentes e descobrir que nem tudo que é ruim ao paladar faz mal!
Como fazer:
- Separe alimentos com sabores variados (ex: limão, chocolate amargo, mel, rúcula).
- Vendem os olhos da criança e ofereça uma pequena prova de cada item.
- Peça que ela tente adivinhar o sabor e classifique em “gostei” ou “não gostei”.
Perguntas para refletir:
- Foi difícil provar algo sem saber o que era?
- Você provou algo que achava que não gostava?
- Como isso se relaciona com a história de Caco?
2. Superações do Dia a Dia
Vamos celebrar as pequenas superações que vivemos todos os dias!
Como fazer:
- Reúnam-se em família e cada um conta algo que enfrentou, mesmo sem vontade, e conseguiu superar (como fazer exame, comer algo novo, pedir desculpas).
- Escrevam ou desenhem essas conquistas em uma folha e deixem guardada como registro de coragem!
Perguntas para refletir:
- Como você se sentiu antes e depois de enfrentar esse desafio?
- Valeu a pena ter enfrentado?
- Como podemos apoiar uns aos outros em momentos difíceis?
Dicas Pedagógicas para o Melhor Aprendizado do Tema
- Mostre às crianças como você também enfrenta coisas que não gosta, mas que são importantes. Isso pode ser feito ao discutir sobre tarefas do dia a dia ou situações no trabalho.
- Dê às crianças oportunidades práticas de enfrentar pequenas dificuldades, reforçando a ideia de que superá-las é uma parte importante do crescimento e do aprendizado.
- Reforce que coragem não é a ausência de medo, mas a atitude de agir apesar dele.
Veja também: Juntando Moedinhas – História infantil sobre economia
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Até nossa próxima aventura!