Em uma história encantadora e cheia de reviravoltas, acompanhamos a jornada de dois jovens animais determinados a desbravar o desconhecido — mas que descobrem, de forma surpreendente, o valor de escutar quem tem mais experiência. Esta história infantil sobre ouvir os mais velhos nos lembra que sabedoria verdadeira nem sempre brilha como ouro, mas pode salvar o dia.
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Numa floresta encantada, moravam os animais mais adoráveis que você poderia imaginar.
Entre eles, havia uma raposa esperta chamada Rubi, uma coruja idosa e sábia chamada Olívia e um esquilo saltitante chamado Milo.
Todos os dias, Rubi e Milo brincavam na clareira perto da árvore onde Olívia morava.
Um dia, enquanto brincavam, Milo teve uma ideia muito animada:
— Ei, que tal explorarmos aquela floresta gigante e misteriosa que tem depois da colina? Ouvi dizer que existem tesouros escondidos lá!
Rubi, animada com a aventura, disse:
— Parece emocionante! Vamos lá descobrir o que podemos encontrar!

Mas Olívia, a coruja sábia, ouviu a conversa lá de cima da árvore e falou:
— Essa floresta é perigosa, cheia de águias famintas e caçadores. Vocês não devem entrar lá. Durante toda a minha vida, vi vários animais que foram e nunca mais voltaram.
Milo riu, pensando que Olívia estava sendo medrosa:
— Olívia, não se preocupe! Acho que você está com medo porque já é idosa, mas nós somos jovens e fortes! Podemos enfrentar qualquer desafio!
Olívia insistiu para que eles não fossem e contou várias histórias de animais que desapareceram para sempre. Mesmo assim, lá foram eles.
E quando chegaram ao topo da colina, a floresta surgiu diante deles, gigante e cheia de sombras misteriosas.
Porém, logo o entusiasmo foi trocado por tensão. Árvores enormes e raízes traiçoeiras tornaram-se obstáculos. Rubi, sempre curiosa, se afastou um pouco.
E então: Snap! Uma armadilha se fechou ao redor de sua perna, e ela começou a gritar.
Milo correu para ajudar, mas mal sabia ele que, a poucos metros dali um caçador sorrateiro o espreitava, pronto para capturá-lo.
Depois de muito esforço, Milo conseguiu libertar Rubi e conseguiram fugir do caçador.
Eles estavam cansados e com medo, mas determinados a continuar e encontrar o tesouro.

Finalmente, chegaram ao destino tão almejado. Mas, para a surpresa — e horror — não havia tesouro algum.
Somente uma águia enorme, com olhos ferozes e garras afiadas, pronta para devorá-los.
O pânico tomou conta e eles começaram a correr o mais rápido que podiam, desviando das garras da águia.
Exaustos, machucados, e com o orgulho despedaçado, os dois amigos finalmente chegaram à clareira onde viviam.
Sentaram-se, ofegantes e sem dizer uma palavra. Mas a lição estava gravada no coração: Olívia sabia. Ela sempre sabia.
Sua sabedoria, tão subestimada, era um tesouro que eles não valorizaram.
Daquele dia em diante, Rubi e Milo jamais ignorariam seus conselhos.
Sabiam, agora, que o conhecimento dos mais velhos era mais valioso do que qualquer aventura e poderia mantê-los seguro.
Olá, famílias queridas!
Às vezes, o entusiasmo das crianças as leva a ignorar conselhos valiosos, acreditando que sabem o bastante para enfrentar qualquer desafio. Esta história nos convida a refletir, com carinho, sobre o poder da escuta e do respeito à sabedoria dos mais velhos. Que tal conversarmos com os pequenos sobre esse aprendizado?
Palavras Diferentes
- clareira – espaço aberto no meio da floresta, onde há sol e poucas árvores.
- armadilha – objeto usado para capturar animais, geralmente com uma parte que se fecha quando pisam.
- sorrateiro – alguém que age de forma escondida, tentando não ser notado.
- tesouro – algo muito valioso, que geralmente está escondido.
- sabedoria – conhecimento e experiência acumulados com o tempo.
Conversa Após a Leitura
Vamos conversar sobre o que aconteceu?
- Por que você acha que Olívia tentou alertar Rubi e Milo?
- Como você se sentiria se estivesse no lugar da Rubi, presa na armadilha?
- Você já recebeu um conselho de alguém mais velho? O que aconteceu depois?
- O que você aprendeu com essa história?
Esse tipo de conversa ajuda a criança a perceber como prestar atenção a conselhos pode protegê-la e até evitar situações perigosas. Além disso, reforça a importância do respeito por quem já viveu mais.
Atividades Práticas
1. Montar a Árvore dos Conselhos
Vamos transformar os ensinamentos dos mais velhos em folhas de uma árvore especial! Essa atividade simboliza como a sabedoria dá raízes e faz crescer.
Desenhe uma árvore grande em cartolina ou papel kraft, com galhos bem abertos.
Corte folhas em papel colorido e escreva em cada uma um conselho que a criança já ouviu ou pode imaginar que um idoso daria.
Cole as folhas nos galhos. Ao final, contemplem juntos a “Árvore dos Conselhos”.
Reflexões possíveis:
Algum conselho te fez lembrar da história da Olívia?
Qual folha você acha que ajuda mais em momentos difíceis?
Adaptação: Para grupos, cada criança pode contribuir com uma folha e formar uma grande árvore coletiva na sala.
2. Desenhar os Três Personagens em Cenas-Chave
Convide a criança a desenhar três momentos importantes da história: a brincadeira na clareira, o momento da armadilha e o retorno para casa. Embaixo de cada cena, ela pode escrever o que os personagens sentiram e aprenderam.
- O que Rubi e Milo poderiam ter feito diferente?
- Como mostrar os sentimentos através do desenho?
Adaptação: Use massinha ou encenação para crianças pequenas.
3. Criar um Livro de Conselhos Ilustrado
Incentive a criança a montar um pequeno livro artesanal com o título “O que aprendi com quem sabe mais”. Cada página deve trazer um conselho (real ou inspirado na história) com uma ilustração feita por ela.
- Pode usar folhas dobradas e grampeadas ou cadernos reciclados.
- Estimule a criança a conversar com pessoas mais velhas e incluir seus conselhos no livro.
- No final, leiam o livrinho juntos e guardem como um tesouro da família.
Adaptação: Em crianças pequenas, o adulto pode escrever o conteúdo enquanto a criança ilustra.
Dicas Pedagógicas
• Incentive seu filho a contar quando seguiu (ou não) um conselho e como se sentiu depois. Isso ajuda a internalizar o aprendizado.
• Leia histórias que tenham personagens mais velhos e valorize suas ações, criando empatia pelas gerações mais experientes.
• Transforme conselhos em jogos: diga uma situação e peça à criança que imagine o que uma pessoa mais velha diria.
• Se possível, promova momentos em que a criança possa conversar com avós ou idosos da comunidade. Escutar histórias reais dá mais força ao que está sendo ensinado.
• Lembre a criança que cada pessoa tem algo valioso para ensinar, e que escutar é uma forma de crescer.
Neste processo de aprendizado, a história infantil sobre ouvir os mais velhos mostra que amor, escuta e experiência são tão valiosos quanto qualquer tesouro escondido.
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Leia agora a história A Joaninha Curiosa.
Espalhe o valor de ouvir com atenção
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Quantas vezes deixamos de ouvir um bom conselho por acharmos que já sabemos o suficiente? Essa história é um convite sensível a refletir sobre isso com as crianças. Envie para outras famílias e ajude a fortalecer os laços entre