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Júlio vivia numa pequena cidade ao lado de uma floresta misteriosa. Ele era um menino cuidadoso, muito cuidadoso.
Na verdade… ele tinha medo de quase tudo.

Tinha medo da floresta escura, dos barulhos estranhos e até da própria sombra em dias nublados.
Os amigos riam e o chamavam de “Júlio Medroso”. Isso o deixava triste, mas… o medo sempre falava mais alto.
Preocupados, os pais de Júlio tiveram uma ideia:
— Vamos acampar na floresta!
Júlio arregalou os olhos.
— Na floresta? Com os monstros e os sons assustadores?!
— Filho, não há monstros. E estaremos juntos. Vai ser divertido! — disse sua mãe.
Júlio não queria ir… mas, de alguma forma, lá estava ele, caminhando pela floresta com seus pais.
A cada galho que estalava, Júlio pulava. O vento balançava as folhas e ele se encolhia.
— E se for um bicho perigoso?
Seu pai apontou para cima:
— O que você acha das árvores? Elas não são muito altas? E os passarinhos, quais cores você vê? A floresta é um lugar incrível, vamos explorar juntos!

Júlio olhou ao redor. Nunca tinha reparado na beleza da floresta.
Mas, de repente… CRASH!
Algo saltou no caminho de Júlio!
— AAAAH! UM MONSTRO! — gritou ele.
Mas… não era um monstro. Era um coelho fofinho, que saiu pulando e desapareceu entre os arbustos. Seus pais riram.
— Viu só? O medo às vezes nos engana. O coelho também ficou assustado com você!
Júlio respirou fundo. Talvez… nem tudo fosse tão assustador assim.

Mais tarde, eles chegaram perto de um penhasco alto.
O coração de Júlio bateu forte.
— Que medo! Estou com muito medo, o que eu faço?
Seu pai segurou sua mão com firmeza.
— Aqui o medo é bom. Ele nos avisa para não chegarmos muito perto. Alguns medos nos protegem.
Júlio ficou longe da borda, segurando firme na mão do pai.
Dessa vez, o medo não o impediu de continuar a aventura. Apenas o manteve seguro.
Durante a viagem, Júlio percebeu que o medo pode ter dois lados: um que nos protege e outro que só nos impede de viver experiências incríveis. Ele ainda sentia medo de algumas coisas… mas, agora, não saía correndo sem pensar.
No final da aventura, olhou para a floresta e sorriu.
— Ela não é mais assustadora. É um lugar de aventuras!
De volta à cidade, seus amigos perguntaram:
— Então, como foi? Você correu da sua sombra? — brincaram.
Mas Júlio sorriu e contou tudo sobre sua jornada.
Sobre o coelho fofinho, as árvores gigantes, os passarinhos e o penhasco perigoso.
Agora, ele não era mais Júlio Medroso.
Ele era o Júlio Corajoso, que aprendeu que o medo pode nos proteger, mas nunca deve nos impedir de viver grandes aventuras!
Olá, famílias maravilhosas!
A história de Júlio nos convida a refletir sobre o medo e a coragem, ensinando-nos valiosas lições sobre como lidar com nossos temores. Vamos aproveitar este momento para aprender e crescer juntos?
Conversa Após a Leitura
Após a leitura, conversem com as crianças sobre os diferentes tipos de medo que Júlio enfrentou durante sua aventura na floresta.
- Compartilhem seus próprios medos e como lidam com eles.
- Expliquem para as crianças que existem os “medos bons”, que nos ajudam a ficar protegidos, como o medo de Júlio em se aproximar da beira do penhasco.
- Falem também sobre os medos que nos impedem de aproveitar experiências legais, como o medo que Júlio tinha de entrar na floresta com seus pais.
Essa conversa promove a expressão emocional e o desenvolvimento da resiliência, ajudando as crianças a entenderem melhor seus sentimentos e a aprenderem estratégias para lidar com eles.
Atividades Práticas
1. A Lista dos Medos
Crie uma lista de coisas que as crianças têm medo e, juntos, classifiquem quais são os “medos bons” e quais são aqueles que podem impedir de se divertir.
Estimule seus filhos a enfrentarem esses medos com coragem, mostrando que é normal sentir medo, mas que podemos superá-lo com determinação.
Por exemplo, se sua criança tem medo de trovão, explique como os trovões acontecem e sempre que ouvir um, relembre a explicação. Quanto mais ela compreender, maior a chance de superar esse receio.
Se seu filho tem muitos medos ou medos muito intensos, considere buscar ajuda profissional para garantir que ele tenha uma melhor qualidade de vida.
2. O Jogo das Expressões
Para ajudar as crianças a reconhecerem e nomearem seus medos, desenhem juntos rostos com diferentes expressões faciais: medo, coragem, surpresa, felicidade, entre outras.
- Mostre um rosto e peça para a criança contar uma situação em que já sentiu essa emoção.
- Conversem sobre formas de transformar expressões de medo em expressões de coragem, imaginando maneiras de lidar com a situação de forma positiva.
- Façam caretas no espelho imitando essas expressões, ajudando a criança a entender que todas as emoções são normais e podem ser trabalhadas.
Essa atividade ajuda a criança a desenvolver inteligência emocional, mostrando que o medo pode ser compreendido e superado
3. O Desafio do Medo
Durante uma semana, incentive a criança a enfrentar pequenos medos e registre os progressos em um cartaz ou caderno.
- Se tem medo de escuro, tente apagar a luz por alguns segundos e aumentar gradativamente o tempo.
- Se tem medo de insetos, tente observar um de longe e depois chegar um pouco mais perto.
- Se tem medo de falar em público, brinquem de apresentar algo em casa para a família.
No final da semana, celebrem os avanços e reforcem a importância da coragem em cada pequena conquista.
Dicas Pedagógicas para o Melhor Aprendizado do Tema
- Ensine estratégias para lidar com o medo, como respiração profunda, visualização de situações positivas e pensamento racional.
- Mostre que ter coragem não significa não sentir medo, mas sim agir apesar dele.
- Crie um ambiente onde a criança se sinta segura para expressar seus sentimentos, sem julgamentos.
A história de Júlio nos lembra da importância de enfrentarmos nossos medos com coragem e determinação. A coragem nos ajuda a superar desafios e a descobrir a beleza das experiências que a vida nos reserva.
Até nossa próxima aventura!