O Falso Amigo

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Nesta história infantil sobre amizade verdadeira, acompanhamos André em sua descoberta sobre o que realmente significa ter um amigo. Entre brinquedos, balas e decepções, ele aprende que o valor de uma amizade não está no que se tem para oferecer — mas no que se sente junto.


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Era uma manhã bonita na Vila dos Ventos. O céu estava azul, o vento soprava leve, e André saiu de casa com um sorriso no rosto. Ele tinha acabado de ganhar um carrinho vermelho e queria mostrar para todo mundo.

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— Vou levar na pracinha! — disse, animado, segurando o carrinho com cuidado.

André correu até o banco de madeira onde seus amigos estavam e logo um menino apareceu por perto. Era Rogério. Ele era novo ali.

— Que carrinho legal! — disse Rogério, com os olhos brilhando.


— Quer brincar comigo? — perguntou André.

— Quero sim! — respondeu Rogério, pegando o carrinho com empolgação.

Eles brincaram por um bom tempo. Rogério ria alto, fazia o carrinho voar, correr, dar cambalhota. André riu junto e pensou: “Acho que ganhei um novo amigo!”

No outro dia, André levou uma bola nova. De novo, Rogério apareceu.

— Você tem coisas muito legais — falou ele, pegando a bola antes mesmo de André oferecer.

E no dia seguinte, quando André ganhou balas de morango da avó, Rogério apareceu mais uma vez.

— Me dá uma? — pediu, com aquele mesmo sorriso.


André deu, feliz por dividir.

Mas com o tempo, ele começou a perceber uma coisa estranha: Rogério só aparecia quando havia algo novo, doce ou brinquedo.

Um dia, enquanto brincava de correr, André caiu. Machucou o joelho e ficou no chão, com os olhos cheios de lágrimas.

— Ai, ai… — choramingou.

Olhou em volta e viu Rogério um pouco distante, chutando pedrinhas.

— Rogério! Pode chamar minha mãe, por favor? — pediu André, tentando ficar calmo.

Rogério olhou rápido e respondeu:

— Agora não. Tô ocupado. Depois eu vejo.

E foi embora, como se nada tivesse acontecido.


André ficou quietinho, com o joelho doendo. Não doía só a perna — doía o sentimento, o coração.

Mais tarde, em casa, com o curativo no joelho, ele contou tudo pra vovó.

— Vovó… o Rogério só é meu amigo quando tem brinquedo ou bala. Mas quando eu precisei de ajuda… ele foi embora.

A vovó colocou a mão nos cabelos dele e disse bem baixinho:

— Às vezes, tem gente que só quer estar por perto pra ganhar alguma coisa. Esse é o falso amigo. Amigo de verdade é aquele que fica mesmo quando não tem nada pra dar. Só risada e companhia.

André ficou pensando. Pensou o dia todo. Pensou até dormir.

No dia seguinte, resolveu fazer um teste. Foi até Rogério e disse:

— Quer brincar de pega-pega?

— O que você trouxe? — perguntou Rogério.

— Hoje não trouxe brinquedo — respondeu André.

Rogério coçou a cabeça e disse:

— Hmmm… não quero brincar. Tenho que ir embora.

E saiu correndo para longe.

André ficou parado por um tempinho. Sentiu uma tristeza dentro do peito, mas também ficou mais leve. Como se tivesse entendido algo importante.

Naquele fim de tarde, jogou bola com Pedro e Mateus. Depois sentaram no chão pra contar histórias bobas e dividir biscoitos quebrados do lanche da escola.


Nenhum deles perguntou o que André tinha pra oferecer. Eles só estavam ali. Com ele.

E ali, no meio das risadas sinceras e dos jogos inventados na hora, André entendeu que o melhor presente que alguém pode ter… é um amigo de verdade.


Olá, famílias afetuosas!

A história de André nos convida a refletir sobre os laços que construímos na infância. Quando uma criança percebe que está sendo usada ou ignorada, sentimentos difíceis podem surgir. Mas com carinho, é possível ensinar a diferença entre um amigo verdadeiro e um que só aparece por interesse.

Que tal usar esse momento para falar com seus filhos sobre o valor da amizade sincera e como é bom estar cercado de quem gosta da gente de verdade?


Palavras Diferentes

  • Cambalhota: Movimento de rolar, girando o corpo no chão ou no ar.
  • Choramigar: Chorar baixinho, com queixa.
  • Falso amigo: Alguém que parece ser amigo, mas só se aproxima quando tem algo a ganhar.
  • Companhia: Estar com alguém, dividir momentos juntos.
  • Leve: Sentimento de alívio, de quem tirou um peso do coração.


Conversa Após a Leitura

Vamos conversar sobre o que André sentiu?

  • Por que André começou a desconfiar da amizade de Rogério?
  • O que Rogério fez (ou deixou de fazer) que machucou o André?
  • Como foi a atitude dos amigos que ficaram com André no final?
  • Você já teve algum amigo que parecia verdadeiro, mas não era? Como foi?

Essas conversas ajudam a criança a perceber que não precisa agradar os outros para ser querida — e que amigos verdadeiros ficam, mesmo quando tudo o que temos a oferecer é o nosso carinho e presença.


Atividades Práticas

1. Fazer uma Lista de Qualidades de um Amigo de Verdade

Convide a criança a pensar e escrever (ou desenhar) o que ela espera de uma amizade verdadeira. Pode incluir palavras como “escuta”, “diversão”, “respeito”, “ajuda”, “companheirismo”. Essa atividade ajuda a criança a reconhecer e valorizar os bons laços.

Com crianças pequenas, use imagens e perguntas simples, como “O que você mais gosta em brincar com seu amigo?”

2. Montar um “Amigo de Papel” com Mensagens Sinceras

Ajude a criança a desenhar uma figura humana em papel (pode ser ela mesma ou um “amigo imaginário”). Depois, escrevam frases carinhosas nas mãos, coração e pés da figura, como “Estou aqui quando você precisar” ou “Vamos rir juntos”.

Pode ser entregue a um amigo real como gesto de carinho.

3. Criar um Jogo de Verdadeiro ou Falso Amigo

Crie cartõezinhos com situações variadas (ex: “Seu amigo só te procura quando você leva brinquedo”; “Seu amigo te ajuda quando você está triste”). A criança deve dizer se é atitude de um amigo verdadeiro ou falso.

Com mais crianças, transforme em jogo de grupo com revezamento nas respostas.


Dicas Pedagógicas

• Ajude a criança a identificar relações que não fazem bem, sem reforçar desconfiança, mas valorizando o sentimento dela.

• Mostre que amizades verdadeiras se constroem com tempo, escuta e presença — não com trocas ou recompensas.

• Incentive conversas francas com os amigos, dizendo como se sente e o que espera de uma boa amizade.

• Valorize os momentos simples entre as crianças: dividir um lanche, inventar um jogo, ouvir uma história. Isso fortalece os laços mais genuínos.

A história infantil sobre amizade verdadeira de André nos mostra que o coração sabe reconhecer quem está ao nosso lado por amor — e que esse tipo de amizade é o que realmente importa.


Você também pode gostar de ler esta história sobre o valor de uma amizade sincera

A jornada de André nos faz refletir sobre o que realmente significa ter um amigo de verdade. Se essa história tocou seu coração, você vai se encantar também com a história de Horácio, um ouriço que aprende o poder de compartilhar — e descobre que as melhores amizades nascem da generosidade, não do interesse.

Leia agora a história Horácio Aprende a Compartilhar


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Alguns amigos valem mais do que mil brinquedos. Compartilhe essa história com outras famílias e ajude mais crianças a reconhecerem quem está por perto com verdade, carinho e presença.


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