O Tesouro de Pedro

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Pedro achava que seus brinquedos eram o maior tesouro do mundo — até descobrir que dividir pode ser ainda mais especial. Nesta história infantil sobre compartilhar e fazer amigos, acompanhamos uma transformação encantadora sobre abrir espaço para o outro.


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Pedro tinha oito anos e um quarto que parecia uma loja de brinquedos. Havia carrinhos, blocos, dinossauros, bonecos com capa, jogos coloridos e até um robô que acendia luzes. Mas o mais curioso é que, mesmo com tudo isso, Pedro quase sempre brincava sozinho.

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Ele gostava de organizar os brinquedos por tamanho. O carrinho azul sempre ao lado do amarelo. O robô nunca perto do dinossauro. E ninguém — ninguém mesmo — podia tocar neles.

— Meus brinquedos são como um baú de tesouros. E baús precisam ficar fechados — dizia Pedro, enquanto ajeitava os soldados de plástico em fila.


Um dia, bem cedinho, uma mudança chegou na casa ao lado. Caixas subindo, móveis descendo, e um caminhão grandão na rua. Pedro espiou pela janela com um pacote de biscoito na mão. Foi quando viu Lara.

Ela tinha cabelo preso com duas xuxinhas e estava no quintal com um ursinho de pelúcia meio desbotado. O bicho não falava, nem acendia luz, mas ela o fazia voar, correr, dançar e até mergulhar numa bacia com água de mentira.


Pedro ficou curioso.

Na tarde seguinte, enquanto desenhava sozinho na calçada, ouviu uma voz doce do outro lado da cerca.

— Oi, você quer brincar comigo?

Pedro olhou devagar. Era Lara. Ela segurava o ursinho apertado contra o peito e esperava uma resposta.

Ele quase disse não. Quase. Mas havia algo nos olhos dela que lembrava manhã de domingo: calmo e gostoso.

— Tá bom — respondeu, devagarinho. — Vou buscar alguns brinquedos.

Voltou com uma sacola cheia. Carrinhos, blocos, bonecos. Parou em frente à casa dela e, pela primeira vez, colocou seus brinquedos nas mãos de outra pessoa.

Lara nem pegou tudo de uma vez. Escolheu um carrinho de bombeiros e o segurou como se fosse frágil.

— Esse aqui tem cara de nave espacial! — disse, de repente.

Pedro riu.


— Não, ele é um caminhão!

— Agora não. Hoje ele vai buscar estrelas!

E assim, o caminhão virou nave, o robô virou herói e até os soldados de plástico viraram exploradores espaciais por alguns minutos. Eles criaram uma missão de resgate lunar usando uma caixa de papelão e um lençol velho.

Pedro descobriu que seus brinquedos sabiam brincar de jeitos que ele nunca tinha imaginado.

— Uau… nunca pensei que emprestar brinquedos para alguém pudesse ser tão legal — disse ele, rindo alto, com o rosto todo sujo de giz.

No dia seguinte, Pedro bateu na porta de Lara antes mesmo de tomar café.

— Vamos brincar?

E brincaram. O dia todo. Criaram um zoológico no tapete. Uma cidade no quintal. Um navio no sofá. Às vezes eram dois detetives em busca de um anel mágico. Às vezes,super-heróis  disfarçados de cozinheiros.

Pedro já não queria mais brincar sozinho.

— Você é muito divertida, Lara.

— E você tem brinquedos incríveis! — respondeu ela.

— Mas o melhor mesmo é brincar com você — disse Pedro.

Logo, Pedro começou a convidar outros amigos da rua. Cada um trazia um brinquedo diferente. O quintal de Pedro virou pista de corrida, castelo, circo e até sorveteria de mentira. Tinha bolo de areia, risada no ar e bonecos por toda parte.


Um dia, Pedro parou, olhou em volta e suspirou.

— Olha só… os brinquedos eram meu maior tesouro. Mas acho que encontrei outro bem mais bonito.

— Qual? — perguntou Lara.

— Amizade — respondeu ele, com os olhos brilhando.

Desde então, os brinquedos não ficavam mais guardados nas prateleiras. Estavam sempre sendo usados, no meio das brincadeiras e dos sorrisos.

Porque Pedro descobriu que o melhor de ter algo… é poder dividir com quem faz a vida ficar mais divertida.


Olá, famílias generosas!

A história de Pedro toca um ponto sensível da infância: o apego aos objetos e o medo de dividir. Mas, aos poucos, ele descobre que o verdadeiro valor das coisas está nas conexões que criamos com elas — e, principalmente, com quem está ao nosso lado.

Aproveitem essa leitura para conversar com as crianças sobre o prazer de compartilhar e como a amizade torna a brincadeira muito mais divertida.


Palavras Diferentes

  • Tesouro: Algo muito valioso, que a pessoa gosta e quer proteger.
  • Desbotado: Quando a cor de algo vai sumindo com o tempo.
  • Fragil: Algo delicado, que pode quebrar ou estragar facilmente.
  • Exploradores: Pessoas (ou personagens) que descobrem novos lugares.
  • Emprestar: Deixar outra pessoa usar algo que é seu por um tempo.


Conversa Após a Leitura

Vamos conversar sobre o que aconteceu?

  • Por que Pedro não gostava de emprestar seus brinquedos?
  • O que mudou quando ele brincou com Lara pela primeira vez?
  • Como ele se sentiu ao ver seus brinquedos sendo usados de forma diferente?
  • O que você sente quando compartilha algo com alguém?

Esse tipo de conversa ajuda a criança a perceber que dividir não é perder — é multiplicar a alegria e criar laços verdadeiros com os outros.


Atividades Práticas

1. Brincar de “Transformar o Brinquedo”

Convide a criança a escolher um brinquedo e imaginar um novo uso ou uma nova função para ele, como Lara fez na história. Um caminhão pode virar nave, um balde pode ser um tambor… Depois, incentive a mostrar essa ideia a um amigo ou familiar.

Para grupos, cada criança pode “emprestar” um brinquedo para que o outro invente um novo jeito de brincar com ele.

2. Fazer um Círculo do Compartilhar

Reúna alguns brinquedos da criança e peça que ela diga com quem gostaria de compartilhar cada um e por quê. Vocês podem montar juntos um “círculo” no chão com os brinquedos ao centro e conversar sobre como cada item pode trazer alegria para alguém.

Com crianças pequenas, use bonecos ou pelúcias como “personagens” que compartilham entre si.

3. Criar um “Convite para Brincar Juntos”

Convide a criança a criar um convite artesanal para entregar a um amigo ou familiar, convidando para brincar junto. O convite pode ter desenhos, frases como “Quer brincar comigo?” ou “Traga seu brinquedo favorito!” e enfeites feitos pela criança.

Essa atividade fortalece a iniciativa social, o acolhimento e o prazer de incluir o outro nas brincadeiras.

Para grupos maiores, façam uma “caixa de convites” com mensagens trocadas entre as crianças.


Dicas Pedagógicas

• Respeite o tempo da criança para aprender a dividir. Comece com trocas pequenas e naturais, sem forçar.

• Reforce sempre que compartilhar não é perder — é doar alegria e ganhar companhia.

• Use histórias como esta para trabalhar empatia, imaginação e confiança nos relacionamentos.

• Elogie atitudes espontâneas de generosidade, mesmo que simples: um brinquedo emprestado, um lanche dividido, uma ideia compartilhada.

A história infantil sobre compartilhar e fazer amigos de Pedro nos lembra que brincar junto é muito melhor do que brincar sozinho — e que os verdadeiros tesouros da vida moram nos sorrisos que trocamos.


Você também pode gostar de ler esta história sobre generosidade e convivência feliz

Se você se emocionou com a transformação de Pedro ao descobrir a alegria de compartilhar, vai adorar conhecer também a história de Horácio, um ouriço que aprende a dividir durante um piquenique com os amigos da floresta. Uma narrativa doce e divertida que mostra como a generosidade pode abrir portas para amizades verdadeiras.

Leia agora a história Horácio Aprende a Compartilhar


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