Nesta sensível história infantil sobre inclusão e amizade, conhecemos Jorge, um menino que aprende que não existe um jeito único de brincar. Com a ajuda de Clara, ele descobre que a verdadeira diversão acontece quando nos sentimos acolhidos e respeitados como somos.
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Num dia ensolarado no parque, as crianças corriam, brincavam e gargalhavam, espalhando alegria por todos os lados. Em um canto do parque, havia um menino chamado Jorge.
Ele estava sozinho, sentado em um banco mais afastado, observando as crianças brincarem, com um semblante triste.

— Ei, por que você não está brincando? — perguntou uma menina com um vestido azul chamada Clara.
— Eu não posso brincar como as outras crianças. Eu sou diferente. — respondeu Jorge com tristeza.
— Diferente? Como? — perguntou Clara, sentando-se ao lado dele.
— Eu tenho um problema na perna e não consigo correr como as outras crianças. Disse Jorge.
— Mas isso não importa! Há muitas outras maneiras de se divertir. Você pode brincar no balanço, no escorrega ou até mesmo desenhar no chão. Olhe, também sou diferente, meu olho esquerdo é de vidro, só enxergo com o olho direito. Revelou Clara, mostrando seu olho para Jorge.
Jorge olhou para o olho de Clara, surpreso, e depois pensou por um momento antes de responder:
— Mas minhas pernas são fracas, não consigo parar o balanço.
— Ah, não se preocupe, eu ajudo você. — Respondeu Clara

Clara ajudou Jorge a levantar e juntos foram até o balanço. Com a ajuda de Clara, Jorge começou a balançar, e logo estava rindo e se divertindo como nunca antes.
Depois, brincaram no escorrega e desenharam no chão. Jorge se divertiu tanto que esqueceu completamente que era diferente das outras crianças.
Naquele dia, Jorge entendeu que ser diferente não significa que você não possa se divertir. Todos somos únicos de nossa própria maneira, mas isso não nos impede de encontrar alegria e felicidade, especialmente quando temos amigos como Clara ao nosso lado.
A verdadeira amizade vai muito além das nossas diferenças ou limitações. E assim, Jorge passou a ver a vida de forma diferente, sabendo que sua limitação não o impedia de ser feliz.
Olá, famílias inclusivas!
Essa história convida crianças e adultos a olharem com carinho para as diferenças. Jorge descobre que, com um pouco de ajuda e muita amizade, todos têm espaço para brincar, sorrir e pertencer. Vamos conversar com as crianças sobre como acolher o outro é também uma forma de brincar junto?
Palavras Diferentes
- Semblante: A expressão do rosto de uma pessoa, como ela parece estar se sentindo.
- Inclusão: Quando todos são aceitos e participam, mesmo que tenham diferenças.
- Limitação: Algo que dificulta uma pessoa de fazer certas coisas, mas que não a impede de ser feliz.
- Gentileza: Atitudes carinhosas e cuidadosas com os outros.
- Acolher: Receber bem, com carinho e sem julgamento.
Conversa Após a Leitura
Vamos refletir juntos sobre o que aconteceu com Jorge e Clara?
- Como você acha que o Jorge se sentia antes de conhecer Clara?
- O que você mais gostou na atitude da Clara?
- Você conhece alguém que precisa de ajuda para brincar?
- Que tipo de brincadeira você pode inventar para que todos participem?
Essa conversa ajuda as crianças a entenderem que todos têm o direito de se divertir e que pequenos gestos de acolhimento transformam relações e espaços.
Atividades Práticas
1. Criar Cartazes da Diversão para Todos
Convide a criança a criar cartazes com mensagens e desenhos que incentivem o brincar inclusivo. Pode usar frases como “Todo mundo pode brincar!”, “Brincar é para todos!” ou “A gente ajuda quem precisa!”. Os cartazes podem ser colados em casa, na escola ou na brinquedoteca.
- Pergunta para refletir: “Como você acha que alguém se sente quando é incluído na brincadeira?”
- Sugestão: Para crianças pequenas, ajude com moldes ou ideias de imagens como mãos dadas, crianças no balanço, cadeira de rodas no parquinho, etc.
2. Desenhar com os Olhos Vendados
Cada pessoa faz um desenho vendado e os outros tentam adivinhar o que é. Depois, falem sobre como se sentiram tentando desenhar sem ver e como é importante ajudar uns aos outros.
- Pergunta extra: “Você percebeu algo novo sobre o corpo e os sentidos nessa brincadeira?”
3. Inventar um Jogo Inclusivo
Convide a criança a inventar uma nova brincadeira que possa ser jogada por qualquer pessoa, independente de limitações físicas. O objetivo é criar algo acessível e divertido para todos.
- Exemplo: Um jogo de memória com sons, um circuito com obstáculos que podem ser feitos sentado, ou um jogo de perguntas e desafios criativos.
- Dica: Incentive a criança a pensar: “Será que todo mundo consegue jogar essa brincadeira? Como posso adaptar?”
Dicas Pedagógicas
• Converse com a criança sobre o que significa ter uma deficiência e que isso não define quem a pessoa é.
• Use livros, filmes e histórias reais que apresentem personagens diversos de forma positiva.
• Esteja atento aos espaços de brincadeira: eles são acessíveis para todas as crianças?
• Estimule a criança a criar soluções para que todos possam participar das brincadeiras.
• Valorize atitudes de gentileza, cooperação e empatia nas relações entre as crianças.
Incluir não é apenas aceitar, é acolher com alegria. Essa história infantil sobre inclusão e amizade nos mostra como o brincar pode ser um ato de amor e respeito pelas diferenças.
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A história de Jorge e Clara é um convite para refletirmos com nossas crianças sobre a importância de incluir com afeto e brincar com o coração. Compartilhe com outras famílias e ajude a espalhar essa mensagem de acolhimento!