A história Não Fui Eu! é uma história infantil sobre assumir erros que mostra como a verdade pode ser difícil de dizer, mas traz alívio e confiança. Nesta narrativa sensível, as crianças são convidadas a refletir sobre responsabilidade e respeito nas pequenas atitudes do dia a dia.
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No coração da floresta, vivia um jovem lobo chamado Léo. Léo era curioso e gostava de brincar com tudo o que encontrava, mas às vezes, ele se empolgava demais e acabava mexendo nos pertences dos outros animais.
Um dia, enquanto explorava a clareira, Léo encontrou o cesto de nozes do esquilo, a bola de pelo do coelho e o pote de mel do urso. Sem pensar, ele começou a brincar com tudo, espalhando as nozes, estragando a bola e derrubando o pote, que se quebrou ao cair no chão.

Quando os animais voltaram e viram o que havia acontecido, ficaram furiosos.
— Quem fez essa bagunça? — perguntou o urso, irritado.
Léo, com medo das consequências, tentou se esconder e negar o que havia feito.
— Não fui eu! — disse Léo, tentando se esquivar da culpa.
Mas a raposa, que tinha observado tudo de longe, resolveu intervir.
— Léo, sabemos que foi você. Não adianta negar. Assumir a responsabilidade é o primeiro passo para resolver o problema — disse a raposa, com firmeza.

Léo, envergonhado, percebeu que mentir só piorava as coisas. Ele saiu de seu esconderijo e, com a cabeça baixa, admitiu o que havia feito.
— Desculpe, pessoal. Eu me empolguei e não pensei nas consequências — disse Léo, arrependido.
Os animais, apesar de chateados, viram que Léo estava sinceramente arrependido.
— Vamos trabalhar juntos para consertar isso, mas lembre-se, ser responsável é reconhecer os próprios erros e trabalhar para corrigi-los — disse o coelho.
Léo, compreendendo a lição, ajudou a reparar os danos. Juntamente com os outros animais, ele ajudou a coletar mais mel para o urso, recolheu as nozes e até mesmo ajudou a consertar a bola de pelo.

No final do dia, Léo se sentiu aliviado e aprendeu que assumir a responsabilidade pelos próprios atos não apenas ajuda a resolver os problemas, mas também demonstra respeito pelos sentimentos dos outros. Ele prometeu ser mais cuidadoso e não mexer nas coisas dos outros sem permissão.
Os animais aceitaram as desculpas de Léo e todos voltaram a brincar juntos. Léo entendeu que suas ações podiam ter consequências não muito boas. E a floresta se tornou um lugar mais harmonioso, onde todos aprenderam a importância de ser responsável por suas ações.
Olá, famílias sinceras!
Nesta leitura, conversamos sobre a coragem de dizer a verdade quando algo sai diferente do esperado. Ao acolher sentimentos e orientar escolhas, ajudamos as crianças a transformar tropeços em aprendizado. Que tal aproveitar esta história infantil sobre assumir erros para combinar, em família, jeitos justos de consertar o que for possível?
Palavras Diferentes
- Clareira: espaço aberto dentro da floresta, com bastante luz.
- Pertences: objetos que são de alguém, como brinquedos ou utensílios.
- Empolgar: ficar muito animado e agir sem pensar bastante antes.
- Intervir: entrar em uma situação para ajudar a resolver um problema.
Conversa Após a Leitura
Vamos conversar sobre o que mais chamou a atenção?
- Por que Léo decidiu dizer “Não fui eu” no começo?
- O que mudou quando ele falou a verdade e assumiu o que fez?
- Como os outros animais mostraram que queriam resolver o problema junto com Léo?
- Em que momentos do dia a dia você já precisou contar algo difícil que aconteceu?
Ao final, conversem sobre um combinado de casa ou da escola: quando um erro acontecer, a primeira atitude é contar o que houve, pedir desculpas e pensar em como reparar. Essa prática torna mais leve qualquer situação e fortalece a confiança nas relações.
Atividades Práticas
1. Ensaiar um Pedido de Desculpas
Apresente uma cena rápida inspirada na história: alguém mexeu no que não era seu e algo se estragou. A proposta é treinar o que dizer e como dizer. Isso ajuda a criança a encontrar palavras sinceras e um tom de voz respeitoso.
Como fazer: definam os papéis (quem errou e quem escuta), conduzam o diálogo curto (“Eu fiz…”, “Sinto muito por…”, “Posso ajudar a consertar fazendo…?”) e troquem de papéis.
Perguntas de reflexão: O que torna um pedido de desculpas verdadeiro? O que você sente ao ouvir alguém assumir um erro?
Adaptação: em grupos, façam pequenas cenas de 30 segundos para todos praticarem.
2. Respirar e Falar a Verdade
Quando estamos nervosos, é mais difícil assumir um erro. Esta atividade trabalha corpo e fala para organizar o pensamento antes de contar o que aconteceu.
Como fazer: sente-se com a criança, respirem fundo três vezes, coloquem a mão no peito para sentir a respiração e, na sequência, contem uma situação simples do cotidiano em que precisaram dizer a verdade. Valorizem frases curtas e claras.
Perguntas de reflexão: A respiração ajudou a falar com calma? O que mudou no seu corpo quando você disse a verdade?
Adaptação: para menores, contem mini-situações do dia (como derrubar água) e pratiquem juntos a frase “Eu fiz isso e quero consertar”.
3. Teatro das Consequências
A ideia é compreender que toda ação tem um efeito e que podemos agir para reparar.
Como fazer: proponha três micro-histórias (ex.: derrubar algo e esconder; derrubar algo e contar; pedir ajuda para consertar). Em cada uma, a criança encena rapidamente e vocês conversam sobre o que aconteceu em seguida.
Perguntas de reflexão: Qual final deixou todos mais tranquilos? O que ajuda a reparar de verdade?
Adaptação: em turmas, dividam em trios para encenar e, ao final, compartilhem as diferentes soluções encontradas.
Dicas Pedagógicas
• Diferencie acidente de atitude intencional. Em ambos os casos, contar o que ocorreu é o primeiro passo para resolver.
• Modele a linguagem: “Eu fiz”, “Sinto muito”, “Como posso reparar?”. Crianças aprendem escutando adultos usando frases claras.
• Estabeleça combinados prévios de reparação (guardar juntos, limpar, devolver, substituir quando possível), para que a criança saiba o que fazer.
• Valorize o esforço de assumir a verdade, mesmo quando o erro é pequeno. Reconhecimento positivo incentiva escolhas responsáveis.
• Mantenha um clima de escuta. Acolher o nervosismo facilita que a criança conte o que houve e participe da solução.
Ao nutrir esse percurso com delicadeza, esta história infantil sobre assumir erros se transforma em guia prático de convivência, ensinando que sinceridade e reparação caminham lado a lado.
História relacionada
Se quiser continuar a conversa sobre verdade e responsabilidade, há uma leitura que combina muito com este tema: O Vaso Quebrado apresenta, com sensibilidade, como coragem e honestidade ajudam a reparar laços.
Leia agora a história O Vaso Quebrado para ampliar o diálogo em casa.
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